quarta-feira, 13 de junho de 2012

O nosso lado escuro

Existem sempre dois extremos em tudo, o segredo do equilíbrio, está em encontrarmos o caminho do meio, ouvi isso de pessoas, li em alguns livros, mas logicamente só saberemos qual é o meio, se soubermos quais são os extremos. 
Dito isso, acredito que seja necessário que conheçamos o nosso lado escuro, aquela parte de nós que tentamos esconder, ou não queremos acreditar que ela exista. Somos um misto de anjo e diabo, cheios de emoções e sentimentos conflitantes, vivemos em eterna briga para não aceitarmos o nosso lado ruim, nossos defeitos, nossas manias porque não queremos ser pessoas más. Precisamos da aceitação e do respeito dos outros para nos sentirmos bem. Será mesmo? 
Aceitar que temos um lado escuro e tentar entender o que existe nele, principalmente porque ele faz parte do que somos, seria o primeiro passo para nos auto conhecermos e buscarmos o equilíbrio em nossas vidas.
Ninguém, por exemplo, é só bom ou só mau. A maldade existe dentro de nós para que também exista a bondade, assim como existe o dia e a noite, precisamos conhecer os dois para saber qual vai prevalecer na nossa vida. Existem fatores e circunstancias que nos levam a tender mais para um lado do que para outro, tudo vai depender das nossas escolhas. 
Temos defeitos e qualidades, mas preferimos esconder nossos defeitos. Escondemos para não sermos criticados ou mesmo ridicularizados. Acredito que encarando nossos defeitos podemos até corrigi-los ou minimiza-los, mas isso só será possível se deixarmos de esconde-los de nós mesmos. 
O segredo do equilíbrio, está em encontrar o caminho do meio, está em aceitarmos o que temos de melhor e de pior e aprender a lidar com os nossos dois lados, sem medo, pois isso fatalmente nos tornará pessoas melhores, que buscam sempre aprender com seus erros e se fortalecerem com seus acertos.
 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Parem o mundo que eu quero descer

Seria tão simples, se fosse possível apenas usarmos uma borracha para apagar o que nos aborrece,  ou então,  num estilo mais moderno, deletar ou enviar para a lixeira o que nos incomoda, e fim de história.
Seria, mas não é, porque fomos educados para complicar cada vez mais a nossa existência, adicionando coisas e pessoas a ela, e criando elos e vínculos tão enraizados que fica difícil apagar ou deletar alguma coisa sem mexer com outras.
Existe um tempo para criarmos a nossa história e precisamos de um tempo para usufruir o que criamos, e é ai que tudo fica fora de controle, pois passamos a viver a história de outros personagens porque fazemos parte dela. São tantas cobranças e tantas obrigações que acabamos abrindo mão do nosso espaço e da nossa vontade, apenas para não complicar mais ainda.
Afinal, que mundo é esse e que vida é essa. Quando será que as pessoas vão entender que todos precisamos de paz e de liberdade para viver da maneira que quisermos viver, sem que isso nos torne piores ou melhores que ninguém. Onde andam o respeito, a consideração e a individualidade.
Uma vida rica é sem dúvida, uma vida com criatividade e originalidade, porque nos leva a sempre buscar algo novo,  uma vida estimulante e cheia de desafios que nos faz levantar pela manhã, cheios de energia e motivação. Não é em absoluto o que se vê hoje em dia. 
Enfrentar dificuldades faz parte do contexto, sofrer também, o que difere é a forma como enfrentamos isso, ou como lidamos com isso. Podemos nos unir a maioria que se entrega ao desespero, ou podemos simplificar as coisas, como num jogo de xadrez, ir mexendo cada peça estrategicamente, até vencermos o jogo.
Se sabemos que não vamos conseguir mudar o mundo, vamos cuidar de mudar a nossa maneira de viver nele.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dando prioridade a vida

Estarmos vivos não é suficiente, precisamos nos sentir vivos. Isso é que vai nos dizer se nossa vida realmente valeu a pena. Para nos sentirmos vivos, nós devemos ser a nossa prioridade, e cada um deve, na pior das hipóteses, definir o que é importante para ser feliz.
Isso não acontece muito hoje em dia, não temos a oportunidade de descobrir, pois já existe um modelo estabelecido, que nos mostra o que deveríamos ter ou ser para fazer parte do grupo dos realizados e felizes. 
Pintando esse modelo, veríamos uma pessoa com uma bela família, uma boa casa, um bom carro, um bom emprego, fazendo viagens de férias, frequentando e recebendo amigos, e se preocupando com a velhice. Todos os dias seriam uma sucessão de coisas iguais para resultados iguais.
Realmente não tenho nada contra esse tipo de vida, mas acredito que a vida é muito mais do que isso, e poucos tem a coragem de seguir por caminhos diferentes escolhendo viver com mais intensidade e menos certezas, com mais liberdade e menos obrigações.
Respeito profundamente as escolhas que cada um faz, e não desmereço a vida que cada um quer levar, apenas me entristece o fato de que aqueles que não se enquadram dentro do modelo, sejam taxados de irresponsáveis, loucos, sem futuro, ou menos pior, alternativos.
Liberdade é uma necessidade de todo ser humano, mas para alguns essa liberdade pode ser negociada pela segurança e pela aceitação da sociedade. Vivemos então uma pseudo liberdade, aquela em que alegamos ser donos das nossas vidas, mas devemos satisfações a mil e um outros pseudo livres.
Livres são aqueles que nascem com espírito livre, aventureiros, apaixonados, curiosos e insaciáveis pela vida e pelo que ela tem a oferecer. São pessoas totalmente fora do contexto, mas que precisam se sentir vivos e não apenas viver.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sem cuidado tudo definha, acaba ou morre

Cuidar é uma ação necessária e vital para termos uma vida que valha a pena viver. Precisamos cuidar de tudo que nos cerca, mas principalmente de nós mesmos, pois sem isso tudo definha, acaba ou morre. O cuidado demonstra que gostamos do que somos e do que temos e queremos preservar isso. 
Tudo na vida precisa de cuidado e atenção, um animal, uma planta, a saúde, o corpo, a mente, inclusive nossos bens materiais, como nossa casa, carro, e outros mais. Enfim o cuidado faz com que tudo sempre esteja bem. Tomar conta daquilo que gostamos não é obrigação e sim prazer pois sabemos que nos sentiremos bem com isso, e em contra partida, também seremos cuidados.
Viver num ambiente agradável nos deixa relaxados e a vontade, temos mais disposição e alegria em estar ali. Ter um corpo e uma mente bem cuidados, nos proporciona prazer. Cuidar das nossas coisas, nos assegura que elas estarão sempre a nossa disposição, quando necessário. 
Cuidar é preservar o que é importante, é da valor ao que tem realmente significado para nossa vida, pois sem esse cuidado, não importa o quanto gostemos, tudo acaba ou morre.
Fala-se muito de que "quem ama cuida", mas na realidade não precisaremos cuidar de quem amamos se cuidarmos do amor que sentimos, pois enquanto esse amor existir, o cuidado é inerente a ele.
Precisamos estar atentos, para não banalizar nossos sentimentos e deixar as coisas correrem frouxas, achando que nada vai mudar, porque sem o devido cuidado podemos perder algo que fará muita diferença em nossas vidas.
Cuidar é prevenir nossa vida contra surpresas desagradáveis e preservar nossa paz e felicidade. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sendo apenas nós mesmos

O que deveria ser fácil, acaba sendo um problema de difícil solução. Estamos sempre dizendo não a nós mesmos e somos incapazes de dizer não aos outros, por medo, insegurança, para não magoar ou ainda para não causar uma má impressão. Então preferimos lidar com a negação das nossas vontades e posições do que enfrentar a crítica ou o descaso das pessoas.
Fico imaginando se todos fossem como realmente são, sem desculpas sociais, sem concordar para não criar polemica, falando sempre o que realmente sentem e fazendo o que tem vontade de fazer. Provavelmente não haveria uma sociedade como a que existe hoje, onde reina a falsidade e o interesse pessoal, onde se tenta levar vantagem em todas as situações, passando por cima de tudo e de todos. Uma sociedade que nos obriga a vestir um personagem para sermos aceitos, e mais, um personagem que esteja de acordo com os padrões estabelecidos porque senão estamos fora do grupo.
Talvez por isso, estejamos hoje nos isolando, vivendo num mundo virtual, convivendo através de sites de relacionamento ou de comunidades onde podemos ser o que quisermos ou quem quisermos, sem contato real com ninguém.
Esse é o lado negro da humanidade, o lado que vemos todos os dias, o que não questiona apenas imita para não ser um excluído ou otário.
Pessoas com conteúdo, idealistas, preocupadas com o bem comum, que respeitam a individualidade e que tem uma maneira própria de viver, mas que aceitam a maneira que os outros vivem, estão se tornando cada vez mais escassas, mas ainda existem.