terça-feira, 19 de abril de 2011

Se eu fosse …

 

Estamos vivendo na era do “se eu fosse”. Quando olhamos para nossas vidas e não gostamos do que estamos vendo usamos como desculpa o muito conhecido “se eu fosse”.

Não vou detalhar os tantos “se eu fosse” pois teria uma lista enorme mas basta dizer que ninguém está satisfeito e nem feliz em ser o que é.

Não estar satisfeito consigo mesmo deveria ser um motivo para melhorarmos e não apenas ficar lamentando o que não somos.

A sociedade estabeleceu padrões do que é ideal, sem levar em conta a individualidade de cada um, se não nos enquadramos somos excluídos ou desprezados, pois precisamos da aprovação dos outros para sermos felizes, precisamos fazer parte do rebanho de carneirinhos que segue em frente, sem vontade própria, agindo e fazendo tudo como o seu mestre mandou.

Talvez “se eu fosse” mais burra e mais jovem, não estaria revoltada com a mediocridade quem tomou conta da humanidade e nem estaria perdendo meu tempo escrevendo sobre como é importante ser quem a gente é, como é importante ser diferente e fazer a diferença, pois só assim saberemos porque viemos a esse mundo.

domingo, 3 de abril de 2011

Fundo do poço

Quando ouvimos a expressão “fundo do poço” logo imaginamos que quem a usou está a beira da decadência total, sem esperança e sem perspectivas na vida, que chegou ao mais baixo nível que poderia chegar, enfim, que nada mais resta.

Na minha opinião quando chegamos ao fundo do poço é que podemos perceber que pior não pode ficar, então só nos restam iniciar a escalada de volta ao topo. Em momentos assim, nos desapegamos de tudo que não tem valor ou real importância, somos obrigados a mudar a nossa visão da vida e aí,  em virtude das circunstâncias, vamos descobrir dentro de nós uma força jamais imaginada.

Existem aqueles que se entregam, lamentam e desistem, mas o que podemos observar diante de tantas catástrofes e tragédias é que o instinto de sobrevivência é maior que a desesperança.

Na realidade estar no fundo do poço nos dá a oportunidade de dar  uma virada geral na nossa vida, e não me refiro a perdas materiais mas a valores e crenças, é talvez quando damos mais importância ao ser e não ao ter.

Acredito que essa mudança nos tornará mais leves e aptos a reiniciar a subida e quem sabe nos tornarmos mais humanos e felizes. Quem sabe se chegar ao fundo do poço é uma oportunidade de mudarmos literalmente as nossas vidas. Vamos recomeçar, reconstruir, recuperar o que realmente for necessário.