quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ano novo vida velha

Mais um ano que se vai, mais promessas não cumpridas, mais metas não alcançadas e menos tempo para se pensar nisso, Afinal esse ano que está chegando ao fim deve ter tido apenas seis meses, não percebemos o tempo passar e nem começamos a por em prática os projetos do ano novo que passou.

Claro que projetos de vida podem ser feitos a qualquer tempo, e metas podem ser estabelecidas sempre que necessárias, mas a tradição reza que devemos nos concentrar nisso a todo começo de anos, o que na minha opinião, serve apenas como estímulo psicológico para nos obrigar a repensar o que devemos mudar em nossas vidas e isso ajuda a empurrar com a barriga qualquer mudança sempre com a desculpa “ partir do ano que vem “ as coisas vão ser diferentes.

Mudanças são atemporais, devem ser efetuadas no momento necessário e não em datas pre-fixadas. Me refiro a mudanças pessoais, me refiro a crescimento e amadurecimento, me refiro a sabedoria que só o tempo ensina e me refiro principalmente a humildade de nos considerarmos aprendizes da vida.

Por isso, nada melhor do que mais um ano novo para  acrescentar novas experiências a sua velha vida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu devia estar contente

Em algum momento de nossas vidas nos deparamos com essa questão. Olhamos para nós e ao nosso redor e constatamos que teríamos todos os  motivos do mundo para estarmos contentes, e na realizada não conseguimos isso.

Penso que talvez todos nós sejamos eternos insatisfeitos, porque por melhor que estejamos em nosso trabalho,relacionamentos, saúde etc, não conseguimos sentir com intensidade alquela alegria ou satisfação que deveríamos estar sentindo, sempre falta um pequeno e insignificante detalhe para que possamos nos sentir contentes conosco e com a nossa vida.

Se não existe nada nos atrapalhando ou incomodano, procuramos inventar algo para corroborar nossa expectativa de que nada pode ser realmente bom, gostoso ou agradável. E então fixamos nossa atenção nesse algo e deixamos de aproveitar aquele bom momento embora passageiro.

Somos mestres em auto sabotagem, especialistas em dramas, e fãs incondicionáis do sofrimento, pois a vida tem que ser díficil e sofrida senão não teremos do que nos queixar.

Porque é tão difícil aceitar a vida na sua simplicidade, não complicar,não lamentar aquilo que não podemos ter e apenas agradecer aquilo que temos.

Porque não conseguimos curtir os bons momentos, sem nos preocuparmos se eles vão acabar em minutos ou permanecerão por mais tempo.

Precisamos aprender a levar a vida com mais levesa porque talves assim os momentos ruins não sejam tão ruins assim,

sábado, 11 de dezembro de 2010

O que você pode fazer por mim

Estamos vivendo a cultura do politicamente correto, do dar sem esperar nada em troca, do estender a mão a quem precisa e principalmente a do amor incondicional. Claro que me refiro a pessoas do bem, como são chamadas hoje as pessoas que tem caráter e principalmente sentimentos.

Estamos, no entanto, esquecendo que a vida é uma estrada de mão dupla, onde todos vão e vem, o que fazemos durante esse percurso sempre volta na outra mão.

O que quero dizer é que nós, aqueles com caráter e sentimentos também temos nossos momentos de carência. Nos preocupamos em dar tanto que acabamos nos sentindo vazios e sozinhos.

Um exemplo que a própria natureza nos oferece é o de uma horta, podemos plantar todo o tipo de alimentos saudáveis mas se não cuidarmos da horta ela morre e não nos poderá oferecer mais nada, tudo estará sem vida.

Dar amor, carinho, atenção é maravilhoso, tão maravilhoso como receber a mesma coisa. Não podemos separar a humanidade em aqueles que recebem e aqueles que dão, isso funciona por um tempo porque existirá um momento na vida que alguém que sempre dá, vai precisar receber também, senão como a horta sem cuidado esse alguém vai secar e morrer.

Todos precisamos de amor, carinho e atenção. Precisamos tanto dar como receber para que aja equilíbrio em nossas vidas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O que eu quero

Uma das coisas mais difíceis da vida é sabermos aquilo que realmente queremos, não falo de posses ou outras frivolidades ou novidades, porque isso é passageiro, sempre aparecerá algo melhor ou mais novo que despertará nosso desejo. Falo daquilo que queremos e que não podemos comprar ou ganhar.

Na minha opinião, o que queremos está diretamente relacionado a aquilo que somos, algo muito nosso e que não diz respeito a ninguém porque só encontraremos dentro de nós mesmos. Falo da paz, da harmonia com o mundo, da felicidade e principalmente do amor incondicional.

Olhar a vida com otimismo, mesmo nos momentos difíceis, sermos fiéis aos nossos sonhos independente da opinião dos outros e acreditarmos que a vida é muito curta para ser vivida superficialmente. Podemos encontrar muita diversão numa vida superficial, mas jamais encontraremos felicidade ou a satisfação de se sentir pleno.

Podemos ter tudo e perder tudo, menos o que realmente somos ou o que aprendemos durante nossa caminhada, essa é a diferença de se ter e de ser. O que nós somos não se perde apenas podemos acrescentar mais conteúdo a nossa existência.

Uma vida superficial é como uma linda caixa de presente vazia, só é admirada por fora depois de aberta não existe nada dentro. Tenho encontrado muitas caixas de presente na minha vida.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um dia de cão

Sabe aquele dia em que você acorda, o céu está azul, a temperatura amena e ainda por cima você tem vontade de sair logo da cama, porque tudo indica que o dia será maravilhoso. Pois é, aí é que tudo fica complicado, porque se algo der errado seu dia já era.

O que eu quero dizer com isso é o limite de tolerância hoje está proximo de zero, a vida está passando rápido demais, as coisas estão acontecendo rápido demais e os momentos de paz vão embora  rápido demais por isso não temos tempo a perder e qualquer contrariedade é perda de tempo, qualquer imprevisto atropela todos os nossos planos e temos que redefinir o rumo, perdendo mais do nosso precioso tempo.

Esse tempo a que me refiro, é o tempo para nós mesmos, para desacelerarmos da correria do dia a dia, para relaxar e respirar com calma, curtir o silencio e olhar para o nada. Hoje mais que nunca precisamos disso para recarregar as nossas baterias e enfrentar mais um dia louco que se aproxima, mas esse tempo está cada vez mais curto e vivemos hoje sempre no limite da exaustão.

Será que vale a pena? Eu me pergunto, mas só o tempo poderá responder.