segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um dia de cão

Sabe aquele dia em que você acorda, o céu está azul, a temperatura amena e ainda por cima você tem vontade de sair logo da cama, porque tudo indica que o dia será maravilhoso. Pois é, aí é que tudo fica complicado, porque se algo der errado seu dia já era.

O que eu quero dizer com isso é o limite de tolerância hoje está proximo de zero, a vida está passando rápido demais, as coisas estão acontecendo rápido demais e os momentos de paz vão embora rápido demais por isso não temos tempo a perder e qualquer contrariedade é perda de tempo, qualquer imprevisto atropela todos os nossos planos e temos que redefinir o rumo, perdendo mais do nosso precioso tempo.

Esse tempo a que me refiro, é o tempo para nós mesmos, para desacelerarmos da correria do dia a dia, para relaxar e respirar com calma, curtir o silencio e olhar para o nada. Hoje mais que nunca precisamos disso para recarregar as nossas baterias e enfrentar mais um dia louco que se aproxima, mas esse tempo está cada vez mais curto e vivemos hoje sempre no limite da exaustão.

Será que vale a pena? Eu me pergunto, mas só o tempo poderá responder.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Precisamos saber recuar para poder vencer

Quando travamos uma batalha muito intensa ou durante muito tempo, precisamos saber recuar ou dar um tempo para recuperarmos nossas forças. Saber a hora de recuar é tão importante quanto lutar por aquilo que estamos lutando.
Quando recuamos, poupamos energia e podemos ter uma visão mais objetiva da situação descobrindo novas alternativas que poderão nos levar à vitória.
Recuar não é desistir nem fugir, é se recompor e se reorganizar para aumentar as possibilidades de um desfecho favorável.
A vida é uma constante batalha, e nos envolvemos tanto que por vezes perdemos a noção ou o controle do que está acontecendo, não conseguimos enxergar com clareza o nosso objetivo final, ficamos exaustos e descrentes de que somos capazes de conseguir o que queremos. É muito comum travarmos várias batalhas ao mesmo tempo e nesse caso o desgaste é ainda maior.
Quando esse descontrole acontece é hora de recuar, analisar a situação e decidir por outro tipo de abordagem ou tática que fatalmente nos levarão a um final favorável. Quando saímos do meio dos acontecimentos acalmamos nossa mente e damos trégua ao nosso corpo.
Paciência e persistência são atitudes fundamentais para conseguirmos o resultado desejado. Com elas conseguimos superar os obstáculos, uma a um, de uma forma consistente.
Hoje as pessoas estão se tornando cada vez mais impacientes, intolerantes e imediatistas, ou seja, se não conseguem rapidamente o que desejam, desistem e partem para outra coisa. Falta consistência na suas vidas, quase tudo é descartável.
Generalizando, hoje praticamente tudo é descartável, tudo dura muito pouco tempo, tudo é muito superficial e sem conteúdo, tudo é muito comercial, tudo é muito igual.
Precisamos recuar e observar atentamente para onde estamos indo, o que de produtivo estamos acrescentando à nossa vida, de que forma estamos contribuindo, se é que estamos contribuindo, afinal estamos lutando para que, ou porque.
Estamos passando pela vida sem realmente viver. Minha batalha pessoal é redescobrir o sentido da vida e sentir a vida, buscando no meu dia a dia, coisas que me façam sentir que estou viva e não apenas sobrevivendo. Estou buscando o prazer, a alegria e o desprendimento que existiam dentro de mim, quando eu era criança.
Hoje estou recuando, abandonando minhas batalhas diárias, para me dedicar a minha batalha pessoal de recuperar a minha essência, cuidar da minha criança interior e ficar de bem com a vida, que é o meu bem maior.

domingo, 6 de novembro de 2011

Liberdade não é escolha, liberdade é conquista

Existe a liberdade objetiva, que nos garante o direito do livre arbítrio, o direito de ir e vir e de decidir sobre nossas convicções, sejam elas de ordem política, religiosa, sexual ou qualquer outra que envolva nosso lugar na sociedade. Existe a liberdade subjetiva, que é uma necessidade daqueles que querem ser livres, intimamente falando, aqueles que não querem vínculos ou apego, que limitem ou prejudiquem, a disponibilidade de se fazer o que quiser quando quiser.
A liberdade subjetiva precisa ser conquistada, porque para sermos livres nesse sentido precisamos ser também independentes, ou seja, não depender de ninguém e não ter ninguém que dependa de nós. Será que esse tipo de liberdade é possível? Possível pode ser, mas talvez seja viável apenas para um mínimo de pessoas.
Estamos sempre alardeando que queremos ser livres, mas somos incapazes de romper com os elos que nos mantém presos, então nos contentamos com uma liberdade condicional onde somos livres mas com restrições. Nos enganamos achando que podemos fazer o que quisermos mas não fazemos por esse ou aquele motivo, que são pretextos para encobrir o fato de não sermos realmente livres.
Devíamos questionar o conceito de liberdade, e questionar se nós realmente precisamos nos sentir livres.
Precisamos sim é rever o tipo de vida que a sociedade atual nos impõe, e o preço que ela nos cobra para sermos aceitos. Vivemos mais para impressionar ou agradar os outros do que para satisfazermos as nossas reais necessidades.
A verdadeira liberdade é poder pensar e agir de acordo com a nossa vontade, poder escolher o que nos dá mais prazer sem nos preocuparmos com críticas ou aprovação de quem quer que seja. É não precisar provar nada a ninguém, é sermos quem realmente somos em qualquer situação.
Para sermos livres precisamos de coragem, precisamos saber dizer não quando necessário e dizer sim mesmo quando a maioria diz não. Para sermos livres precisamos acreditar na nossa capacidade de sermos felizes sem precisar de ninguém ou de nada para que isso aconteça.
Enfim, a verdadeira liberdade só será conquistada se formos honestos com nossas convicções, nossos desejos e nossos sonhos, independente de qualquer outra coisa.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os ciclos da vida ou a roda da fortuna

Sete anos de vacas gordas e sete anos de vacas magras, uma parábola que nos adverte para os ciclos de nossas vidas, assim como a famosa carta do Tarot, a roda da fortuna, também nos avisa que teremos altos e baixos por toda nossa existência.
Misticismo, religião, filosofia ou sabedoria popular, não importa. O que importa é que todos nós passamos por bons e maus momentos na vida e se soubermos aproveitar o que os bons momentos nos oferecem, quando chegarem os maus poderemos suavizar seus efeitos ou estarmos preparados para eles.
Quando tudo vai bem não cogitamos a possibilidade de algo dar errado e não nos preparamos para isso. Quando tudo vai mal, não acreditamos que as coisas possam melhorar porque ficamos presos a lamentações, e pensamos que tudo poderia ser diferente se tivessemos feito alguma coisa para nos prepararmos.
Prestar atenção a nossa vida e o rumo que ela toma é a única maneira de minimizarmos os efeitos dos ciclos pelos quais temos que passar. O equilíbrio, ou caminho do meio como dizem alguns, tem que ser a nossa meta para vivermos em paz e em harmonia com o universo.
Aprender com a nossa experiência fará com que os ciclos da vida sejam menos traumáticos, pois eles se repetem até que saibamos lidar com eles, se repetem com uma roupagem diferente mas no âmago tratam da mesma lição de vida que deveríamos ter aprendido e não aprendemos.
Mal comparando e apenas como exemplo:
Para colher temos que plantar, mas não adianta apenas plantar se não cuidamos para que tenhamos frutos e ainda existe um tempo certo para se plantar e para se colher. O que eu quero dizer é que não devemos atropelar a nossa natureza e sim cuidarmos bem e atentamente de nós mesmos, nos momentos bons e nos momentos ruins, só assim estaremos fortalecidos para viver intensamente tudo que a vida nos oferece de bom e resistir e lutar nos momentos ruins.