segunda-feira, 30 de maio de 2011

Implosão e reconstrução

Mal comparando,  nossas vidas são semelhantes a edifícios. Essa dedução meio sem lógica me ocorreu recentemente, quando comecei a pensar que estava na hora de mudar a minha vida e cheguei a conclusão de que não poderia mudar só algumas coisas, teria que implodir tudo para reconstruir.

Quando entramos na famosa vida adulta, começamos a construir algo até que de um jeito ou de outro criamos uma estrutura e vamos assim durante os anos, acrescentando ou tirando coisas. Muitas vezes essas coisas são impostas ou necessárias e depois de algum tempo se tornam obsoletas, então começando a fazer pequenas reformas nas nossas vidas.

Nos edifícios, quanto mais velhos mais reformas são necessárias, até que chega um momento que não há mais o que fazer senão derrubar tudo e reconstruir. Com nossas vidas coisa semelhante acontece, ou seja, chega um momento em que não adianta mais ajeitar as coisas, é melhor recomeçar a partir do alicerce eliminando todo o resto.

Não importa o que estamos perdendo ou deixando para trás, mas sim o que iremos acrescentar de novo as nossas vidas e o espaço que vamos abrir para nos sentirmos mais leves e felizes. Não precisamos de dinamite, mas sim de coragem e determinação.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uma tristeza profunda

Nada pior na vida do que nos sentirmos tristes, parece que tudo perde a cor, que nada tem graça, que nunca voltaremos a sentir alegria na vida, enfim, são momentos ou situações pelas quais passamos, mas que inconscientemente sabemos que são passageiras, embora soframos com isso.

O que diferencia essa tristeza ocasional de uma tristeza profunda é a  impossibilidade de mudarmos a situação, pelo simples motivo de não depender da nossa vontade, ou da nossa atitude diante dos fatos.

A morte, as tragédias naturais entre outras, causam nas pessoas uma tristeza profunda, porque ficamos impotentes diante delas, podemos apenas minimizar seus efeitos, mas não podemos mudar o que aconteceu.

Existe ainda outra causa para a tristeza profunda, é a decepção. Quando nos decepcionamos com alguém, perdemos a fé e a confiança nessa pessoa, ou seja, perdemos tudo. Como ocorre quando perdemos um ente querido, fica um vazio que jamais será preenchido. O que difere a morte da decepção é apenas que a morte é inevitável e faz parte do nosso destino, e a decepção é imposta por alguém que não merecia a nossa amizade e o nosso amor.

Pessoas que decepcionam não dão e não tem qualquer valor, nem consideração com os sentimentos de outras pessoas. São fúteis e vazias e não merecem essa tristeza profunda que sentimos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quando haverá um limite

Todos os dias de alguma maneira somos testados,  na nossa honestidade, franqueza, paciência, amor e mais inúmeras outras situações. Normalmente somos provocados ou desafiados por condições externas e reagimos de acordo com a nossa capacidade e experiência de vida, cada um de uma forma individual.

Todos nós temos um limite, que determina até onde podemos ir sem perder a razão e o controle, e é esse limite que precisamos conhecer para vivermos em equilíbrio.

Na minha opinião, a humanidade está perdendo o senso do limite, não há mais respeito pelo próximo, não há mais tolerância, a violência impera soberana na sociedade, não existe controle nem razão. Estamos destruindo e sendo destruídos e parece que ninguém se dá conta disso.

A vida humana perdeu o valor, somos descartáveis. Hoje  matar, agredir, roubar, enganar, mentir fazem parte do cotidiano.

A humanidade precisa rever com seriedade seus valores, antes que voltemos a ser homens da caverna, onde a força determinava quem sobrevivia.

Principalmente, o que será das nossas crianças que hoje convivem com esse estado de coisas, e provavelmente quando adultas vão achar que a vida é assim mesmo. A vida é cada um por si e que só os fortes e espertos e bem armados vão conseguir alguma coisa.