sexta-feira, 30 de março de 2012

Esta na hora de acordar

Acordar para o dia, para a vida, para a alegria, para a convivência humana e pacífica. Estamos mais para humanoídes do que para seres humanos de verdade. Quando digo seres humanos estou me referindo a pessoas com sensibilidade, dignidade, calor, paixão, respeito pelo outro e preocupação com o destino da humanidade.
Será que caímos nesse planeta para apenas "comer o pão que o diabo amassou"? Será que não temos o direito de ter uma vida no mínimo agradável? Afinal o que está acontecendo com o mundo de maneira geral?
Quanto mais evoluímos em conhecimento e tecnologia, mais nos afastamos da nossa humanidade e mais complicada se torna a nossa vida, e menos tempo temos para ela, pois estamos sendo exigidos além das nossas possibilidades para conseguir um lugar no mundo.
No que mais se fala e nos é mostrado, graças a globalização, gira em torno da guerra, da fome, das doenças, terrorismo, torturas, tragédias ecológicas e econômicas, interesses escusos, roubalheira, falsidade, escândalos sexuais, e por aí vai.
Acredito que caímos direto no inferno, ou melhor, não devemos temer o inferno, pois não deve ser pior do que o mundo no qual estamos vivendo.
Sou uma otimista por natureza, e ainda acredito que depende apenas de cada um de nós reverter essa situação. Sei que não podemos mudar o mundo sozinhos, mas podemos tentar mudar o tipo de vida que levamos e isso implica em mudar valores e conceitos. Posso estar pregando no deserto, mas pelo menos estou tentando levar minhas idéias, talvez utópicas, até outras pessoas que quem sabe, também concordem comigo e tentem mudar suas vidas.
Penso que existe um número enorme de pessoas insatisfeitas e infelizes, mas sem coragem ou vontade de mudar, que precisam apenas de um empurrão. Quem sabe se uns empurrassem os outros, no bom sentido, coisas boas poderiam começar a acontecer.
Precisamos ouvir menos sobre os problemas da humanidade e falar sobre as possíveis soluções para eles.

sábado, 24 de março de 2012

Marcha da Maconha

Considerar a marcha da maconha como apologia ao uso de da droga, é o mesmo que entender que a propaganda de bebida alcóolica, também é uma apologia ao uso do álcool, ou ainda a recente decisão do Congresso, em permitir o uso de bebida alcóolica nos estádios durante a Copa do Mundo, também seria um estimulo ao uso. A única diferença é que uma droga é liberada e a outra não, mas ambas são drogas.
Embora estejam sendo amplamente discutidos e cientificamente comprovados, os benefícios da canabis para alguns problemas de saúde, o preconceito e a má informação, ainda causam muita controvérsia sobre o assunto.
Os mais preocupados com esse assunto são os traficantes, seus sustentados e seus patrocinados, porque, eles sim tem com que se preocupar, afinal de onde vão tirar o seu sustento, como vão financiar o crime e como vão bancar os corruptos.
Todos sabemos que o uso da maconha é comum, e sabemos também que o fato de liberar seu uso apenas facilitará a vida do usuário, que já existe e que sempre vai existir.
Ignorar os benefícios da canabis é o mesmo que ignorar os malefícios do tabaco e do álcool.
Um alcoólatra é digno de dó e tratado como uma pessoa doente, mas a opção de beber e de se tornar dependente foi dele, mas própria sociedade encontra desculpas para essa dependência. Já o usuário de maconha, seja para fins medicinais ou uso recreativo é definitivamente visto como marginal e um perigo para a sociedade.
Se tivermos em mente que até mesmo um analgésico pode causar dependência, podemos concluir que não há como controlar as escolhas individuais, mas podemos sim, informar, esclarecer e orientar de forma honesta e séria, isenta de preconceitos e discriminação.









domingo, 18 de março de 2012

A matemática do relacionamento

Considerando que a matemática é uma ciência exata, como relaciona-la aos relacionamentos interpessoais. É tão simples como um mais um são dois.
Uma relação funcional é aquela que todas as partes envolvidas sentem-se satisfeitas, felizes até, e porque não, realizadas emocionalmente. É aquela na qual as partes somam suas individualidades e dividem resultados entre si, multiplicando as chances de compartilhar as suas vidas de maneira equilibrada, sem que nenhuma delas se sinta inferior, ou menos importante. Não há alguém que mande ou alguém que obedeça, existe apenas a vontade de ambos onde deve prevalecer o que for melhor. Numa relação desse nível só será subtraído, o que for desnecessário para ambos ou para a própria relação.
Tudo seria perfeito se conseguíssemos rever alguns conceitos como, sentimento de propriedade, disputa de poder, insegurança e medo. Cabe ressaltar também, o conceito enraizado de que devemos desconfiar de todos e de tudo, esse conceito é que nos leva a não demonstrar quem realmente somos e a não acreditar que as pessoas são como são. Hoje todos vivemos papeis sociais para sermos aceitos e para não ficarmos vulneráveis diante dos outros, pois isso seria sinal de fraqueza.
Quando iremos aprender que tudo seria mais gostoso e fácil se fossemos honestos com os outros e principalmente com nós mesmos. Porque criar desvios para chegar a um lugar, se o caminho mais fácil é uma reta entre dois pontos. Fazer círculos atrasa a chegada ao objetivo final.
Compreendo que não é fácil modificar um comportamento que perdura há muito tempo, mas não entendo que não achemos importante tentar fazer diferente, se sabemos que o modelo que vigora nos relacionamento está mais do que desacreditado e não faz bem a ninguém.
O mundo está mudando, a vida não é mais a mesma de décadas passadas, o velho sistema de relacionamentos está em plena decadência, basicamente porque são superficiais e servem só de fachada para a sociedade, que também está totalmente caótica.
Vamos aplicar uma nova fórmula e quem sabe teremos pessoas mais autenticas, sinceras e felizes.

sábado, 17 de março de 2012

Uma questão de escolha

Viver cada dia ou morrer cada dia é uma questão de escolha. É verdade que começamos a morrer a partir do dia que nascemos, o que pode fazer diferença é o foco que damos a isso. 
Podemos passar a vida com medo da morte e focarmos apenas o futuro, reunindo nossas energias para que tenhamos uma velhice tranquila, que tenhamos condições e recursos para quando ficarmos doentes, e para isso nos privamos de muitas coisas no presente. Ficamos orgulhosos de nós mesmos por estarmos sendo previdentes e passamos a nos sentir mais seguros para aguardar o dia final de nossas vidas.
Embora esse tipo de preocupação seja legítimo, não podemos apenas viver pensando que vamos morrer, pois não sabemos quando isso vai realmente acontecer. Com esse tipo de foco, não conseguimos curtir o presente, não temos coragem de arriscar, de mergulhar de cabeça em qualquer tipo de aventura, de jogar tudo para o alto e apenas aproveitar o que a vida nos oferece todos os dias. 
Os jovens, na sua maioria, são irresponsáveis e inconsequentes, mas de uma forma saudável e positiva, estão abertos para a vida. Na idade adulta, somos obrigados a ter responsabilidade e a assumir compromissos para dar uma direção a nossa vida. Na meia idade, começamos a nos sentir velhos e inadequados para certas coisas, e vamos limitando nosso horizonte de possibilidades por causa da idade. É isso que a sociedade ensina e espera de nós, tudo muito previsível, tudo já predeterminado, e fugir disso nos leva à condição de loucos, diferentes ou até irresponsáveis.
Na minha opinião, viver cada dia sem a preocupação de se enquadrar em cada etapa, mas estar afinado com a nossa vontade de nos sentirmos vivos, é o que nos dá a energia necessária para superar qualquer obstáculo, resolver problemas e conquistar coisas, pois o que interessa é o momento presente. 
Se não vivermos com paixão, tesão e alegria hoje, não saberemos o que é viver assim amanhã e muito menos num futuro próximo ou distante.
Não importa o sexo, a cor, a religião ou a idade, ninguém é obrigado a seguir regras, podemos simplesmente ignorar essas regras limitantes, que tornam a vida morna e tediosa.
Escolher viver cada dia procurando fazer escolhas que nos façam felizes, encarando as decepções como aprendizado e o sofrimento como um fator de fortalecimento, sem medo de partir em busca dos nossos sonhos, sem pensar na morte ou na idade ou ainda no tempo que já passou e nada fizemos. Viver cada dia é isso, o que não fizemos foi ontem, o que estamos fazendo é hoje e a partir daí é que construímos o nosso amanhã. 
  

quarta-feira, 7 de março de 2012

Em cima do muro

Muro significa textualmente algo que divide duas partes ou espaços. Em cima de um muro podemos visualizar os dois lados separados por ele. De cima de um muro podemos ter uma visão geral do que existe nesses dois lados, mas apenas podemos ver, sem participar dos acontecimentos ou aproveitar o que qualquer um desses lados possa nos oferecer. Somos meros observadores passivos, sem voz e sem vontade.
Subir em um muro pode ser necessário para decidirmos para que lado gostaríamos de ir, ou qual deles nos interessa mais, pois em cima dele, estamos sozinhos e podemos pensar ou escolher sem interferência de terceiros, e sem distrações que nos tiram o foco daquilo que realmente nos interessa.
O maior problema do muro é que ele pode nos dar uma sensação de tranquilidade e confiança por acharmos que nada pode nos atingir, nada pode mudar enquanto permanecermos ali. Não precisamos decidir nada, escolher nada ou tomar alguma atitude. Podemos ficar indefinidamente em cima dele amortecidos e insensíveis a vida. Podemos adiar escolhas ou decisões difíceis e ficar olhando para o horizonte seja de que lado for, sem sofrimento mas também sem alegrias, deixando a vida passar.
Escolhas e decisões fazem parte do fato de estarmos vivos. Somos obrigados a fazer escolhas ou decidir sobre alguma coisa praticamente durante as vinte quatro horas do dia. Podem ser coisas rotineiras e banais, ou coisas importantes e decisivas que mudarão o curso da nossa vida. Podem ser certas ou erradas, isso não importa, o que vale é o poder que temos de escolher e decidir obedecendo a nossa vontade, para o nosso bem estar e prazer.
Nada nos obriga a sofrer ou optar pela infelicidade, o medo de viver é que faz com que isso aconteça. O sofrimento ou infelicidade estarão presentes em nossa vida em algumas ocasiões, talvez até para que saibamos dar valor aos bons momentos, mas só depende de nós e da nossa atitude o quanto esse sofrer ou ser infeliz vai pesar e durar.
Atitudes corajosas e ousadas nos tiram de cima de qualquer muro, nos dão forças para pular não importa de que lado seja, desde que mergulhemos de cabeça nas possibilidades que a vida oferece a quem acredita em si mesmo e luta pelo que quer.