Quando travamos uma batalha muito intensa ou durante muito tempo, precisamos saber recuar ou dar um tempo para recuperarmos nossas forças. Saber a hora de recuar é tão importante quanto lutar por aquilo que estamos lutando.
Quando recuamos, poupamos energia e podemos ter uma visão mais objetiva da situação descobrindo novas alternativas que poderão nos levar à vitória.
Recuar não é desistir nem fugir, é se recompor e se reorganizar para aumentar as possibilidades de um desfecho favorável.
A vida é uma constante batalha, e nos envolvemos tanto que por vezes perdemos a noção ou o controle do que está acontecendo, não conseguimos enxergar com clareza o nosso objetivo final, ficamos exaustos e descrentes de que somos capazes de conseguir o que queremos. É muito comum travarmos várias batalhas ao mesmo tempo e nesse caso o desgaste é ainda maior.
Quando esse descontrole acontece é hora de recuar, analisar a situação e decidir por outro tipo de abordagem ou tática que fatalmente nos levarão a um final favorável. Quando saímos do meio dos acontecimentos acalmamos nossa mente e damos trégua ao nosso corpo.
Paciência e persistência são atitudes fundamentais para conseguirmos o resultado desejado. Com elas conseguimos superar os obstáculos, uma a um, de uma forma consistente.
Hoje as pessoas estão se tornando cada vez mais impacientes, intolerantes e imediatistas, ou seja, se não conseguem rapidamente o que desejam, desistem e partem para outra coisa. Falta consistência na suas vidas, quase tudo é descartável.
Generalizando, hoje praticamente tudo é descartável, tudo dura muito pouco tempo, tudo é muito superficial e sem conteúdo, tudo é muito comercial, tudo é muito igual.
Precisamos recuar e observar atentamente para onde estamos indo, o que de produtivo estamos acrescentando à nossa vida, de que forma estamos contribuindo, se é que estamos contribuindo, afinal estamos lutando para que, ou porque.
Estamos passando pela vida sem realmente viver. Minha batalha pessoal é redescobrir o sentido da vida e sentir a vida, buscando no meu dia a dia, coisas que me façam sentir que estou viva e não apenas sobrevivendo. Estou buscando o prazer, a alegria e o desprendimento que existiam dentro de mim, quando eu era criança.
Hoje estou recuando, abandonando minhas batalhas diárias, para me dedicar a minha batalha pessoal de recuperar a minha essência, cuidar da minha criança interior e ficar de bem com a vida, que é o meu bem maior.
Ótimo texto! Obrigada
ResponderExcluirpassei por um recuo hoje no teatro e esse seu texto me ajudou muito.
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