segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dando prioridade a vida

Estarmos vivos não é suficiente, precisamos nos sentir vivos. Isso é que vai nos dizer se nossa vida realmente valeu a pena. Para nos sentirmos vivos, nós devemos ser a nossa prioridade, e cada um deve, na pior das hipóteses, definir o que é importante para ser feliz.
Isso não acontece muito hoje em dia, não temos a oportunidade de descobrir, pois já existe um modelo estabelecido, que nos mostra o que deveríamos ter ou ser para fazer parte do grupo dos realizados e felizes. 
Pintando esse modelo, veríamos uma pessoa com uma bela família, uma boa casa, um bom carro, um bom emprego, fazendo viagens de férias, frequentando e recebendo amigos, e se preocupando com a velhice. Todos os dias seriam uma sucessão de coisas iguais para resultados iguais.
Realmente não tenho nada contra esse tipo de vida, mas acredito que a vida é muito mais do que isso, e poucos tem a coragem de seguir por caminhos diferentes escolhendo viver com mais intensidade e menos certezas, com mais liberdade e menos obrigações.
Respeito profundamente as escolhas que cada um faz, e não desmereço a vida que cada um quer levar, apenas me entristece o fato de que aqueles que não se enquadram dentro do modelo, sejam taxados de irresponsáveis, loucos, sem futuro, ou menos pior, alternativos.
Liberdade é uma necessidade de todo ser humano, mas para alguns essa liberdade pode ser negociada pela segurança e pela aceitação da sociedade. Vivemos então uma pseudo liberdade, aquela em que alegamos ser donos das nossas vidas, mas devemos satisfações a mil e um outros pseudo livres.
Livres são aqueles que nascem com espírito livre, aventureiros, apaixonados, curiosos e insaciáveis pela vida e pelo que ela tem a oferecer. São pessoas totalmente fora do contexto, mas que precisam se sentir vivos e não apenas viver.

Um comentário: